Complexo de Romeu e Julieta


 
       Miguel era um jovem que levava a vida totalmente desregrada. Ao completar a maioridade, é visitado pelo Arcanjo Gabriel que lhe diz que sua encarnação anterior - um homem íntegro, porém, descrente - acordou com ele que, se tivesse os poderes de um anjo, faria grande diferença no mundo.
            Não encontrando outra solução a não ser retificar o acordo, Miguel é nomeado o Arcanjo na Terra e deverá expurgar o mal das almas dos homens, incluindo sua própria

         Era uma noite fria de São Paulo quando o som do motor de uma moto rompeu a silenciosa madrugada. Miguel, o arcanjo na Terra, dirigia-se a mais uma missão ordenada pelo Arcanjo Gabriel; porém, ao passar em frente a um armazém abandonado, o barulho de uma das janelas estilhaçando e de gritos no interior da estrutura chamaram-lhe a atenção. Ele viu algo – um homem – atravessando a janela como que jogado, caindo no chão, para logo depois, levantar-se e pular para dentro do armazém novamente. Miguel sabia que nenhum ser humano normal seria capaz de fazer algo assim tão surpreendente; e sabia também que, pela sua condição, tinha o dever de averiguar:

         - Só tem louco nesta cidade! – pensou alto enquanto encaminhava-se para o armazém.

         Aproximou-se de uma das janelas, e viu o que olhos normais julgariam inconcebível; no entanto, para os olhos dele, era algo corriqueiro. A cena era digna de um livro ou filme de ficção, uma luta entre quatro pessoas, por assim dizer: três deles tinham olhos que brilhavam no escuro como dois pequenos sóis e de suas bocas precipitavam longos caninos; o outro, lutando sozinho, tinha feições e físico de um lobo, mas movia-se e caminhava como um homem – três vampiros contra um lobisomem. Já era sabido da parte de Miguel da existência de seres sobrenaturais, porém, não esperava encontrar criaturas que até então habitavam apenas o imaginário mitológico dos homens. A luta estava pendendo para a maioria – o lobo estava cambaleando por um ferimento na perna. Miguel não sabia quem era mocinho e bandido na história, mas sempre acreditou numa luta justa. As dúvidas seriam sanadas depois. Ele sacou sua espada e adentrou o local em direção aos agressores.

         Os vampiros preparam-se para atacar. Cercaram o lobisomem que, com a perna ferida, apenas esperava pela iniciativa deles. Então um alto, de cabelos longos e escuros, saltou primeiro. Miguel não pensou, preferia assim. Sabia que vampiros também podiam ser vítimas, contudo, não havia tempo para ponderações. Nunca topou com um, mas sabia como eliminá-los: ele jogou sua espada como a um bumerangue; ela transpassou o pescoço do vampiro, quando este já estava no ar em direção ao lobo, separando a cabeça dos membros. “Um já foi”, pensou Miguel enquanto, tal qual um bumerangue, sua espada voltou ao dono.

         Os outros vampiros e o lobo viraram-se espantados, ao mesmo tempo, para ver de onde e de quem veio tal ataque e:

         - Agora sim, disse Miguel; dois contra dois é mais justo!

         - Seu lugar não é aqui humano, disse um dos vampiros; essa luta não é sua!

         - Cês vão descobrir logo, logo, que eu sou bem mais que um humano, retrucou ele. – E como eu acabei de decepar o seu amigo ali, acho que isso me coloca na briguinha de vocês ou não?

         Se a provocação de Miguel tinha como resultado despertar a fúria do vampiro sobre ele, deu certo. Ele saiu correndo desenfreado em sua direção urrando como um animal; o outro também partiu para cima do lobo que, com a confiança renovada, preparou-se para atacar, apesar do ferimento; os dois engalfinharam-se e rolaram pelo chão tentando ferir um ao outro a dentadas. O vampiro que lutava com Miguel era rápido: suas unhas grandes e afiadas como dez navalhas rasgaram as costas de Miguel. Porém, o blusão que usava era grosso e o ferimento foi só superficial; mesmo assim, ele deixou escapar um grito. O vampiro partiu novamente para o ataque, mas, desta vez, Miguel tinha um plano: com a lâmina da espada, ele refletiu a luz de uma das poucas lâmpadas acesas no local e conseguiu cegar momentaneamente a criatura. Miguel então aproveitou e girando a espada num movimento certeiro separou corpo e cabeça como fizera antes.

         Cessada sua luta, Miguel voltou sua atenção à outra entre o lobo e o vampiro restante. Os dois, agora separados, olhavam-se e avaliavam-se para um próximo ataque. Quando o vampiro percebeu que era o último sobrevivente da pequena guerra, olhou para cima e, de súbito, saltou para uma parte escura do teto. Miguel ainda correu para, pelo menos, ver onde ele ia cair, mas foi em vão – em seu lugar uma monstruosa criatura alada surgiu e rompeu guinchando alto por uma janela quebrada.

         - Vá atrás dele! – ordenou o lobo que mal se mexia.

         - Não! – retrucou Miguel. – A luta terminou e precisamos cuidar do seu ferimento.

         - Você não entende? Ele virá com mais!

         - Estaremos longe quando ele voltar... Quem é você afinal? – perguntou Miguel.

         Como uma resposta, algo estranho e assustador começou a acontecer: a pelugem do lobisomem começou a cair vertiginosamente como uma manta do corpo; as feições caninas aos poucos deram lugar a de um jovem de pele morena e  aparentemente dezesseis anos. Quando a transformação se completou, ele se apresentou:

         - Meu nome é Dante.

         - Oi, Dante, eu sou Miguel. Que acha de agora nós...

         - Espere, interrompeu Dante; não estamos sozinhos.

         Miguel reavivou seu espírito de lutador e empunhou a espada esperando mais um ataque, porém...

         - Calma, Miguel, disse Dante com um sorriso no rosto; essa está do nosso lado. Amor pode vir, ele é amigo.

         Das sombras daquele armazém semi destruído surgiu uma moça de beleza ímpar e, por um segundo, Miguel duvidou que aquela aparição fosse real. Ela aparentava ser da mesma idade que Dante, sua pele alva contrastava de forma idílica com o longo vestido e os longos cabelos tão negros quanto das sombras de onde saíram. Mas foi o brilho dos olhos amarelados que tornava aquele semblante tão singular e Miguel então começou a entender tudo. Ela aproximou-se de Dante e nos seus olhos viu-se o temor pelo ferimento do rapaz.

         - Miguel, esta é Wanessa, apresentou Dante.

         - Oi, disse ela suavemente.

         - Certo, um lobisomem e uma vampira, acho que saquei! Qual dos pais é contra o namoro?

         - Ambos, respondeu Wanessa enquanto enfaixava com um pano o ferimento de Dante. - Nossas espécies disputam territórios há séculos e para nós, vampiros, isso ainda é bem vívido.

         - Apesar da minha apenas virar as costas, completou Dante; a maioria dos vampiros e dos lobisomens não vêem com bons olhos relacionamentos entre nós.

         - Então vocês estão fugindo? E desde quando? – indagou Miguel.

         - Desde que nos conhecemos, respondeu Wanessa; há uns três anos.

         - Estávamos escondidos aqui há uns seis meses, disse Dante; achávamos que era seguro, mas, de algum modo, nos acharam. 

         Miguel ouviu aquilo tudo em silêncio e então resolveu:

         - Olha, sei que talvez o assunto não seja da minha conta, mas quero ajudar vocês!

         - Miguel, disse Dante, não se ofenda... Você parece legal e luta bem, mas isso é bem mais complicado e perigoso do que parece.

         - Ele tem razão, completou Wanessa; nós já tentamos de tudo! Por que acha que ouviriam um desconhecido?

         - Por isso mesmo! – explicou Miguel. – Talvez alguém neutro traga um outro ponto de vista para essa situação.

         - Não acho uma boa ideia, insistiu Dante.

         - Deixe-me tentar pelo menos... Isso é parte do que eu faço, ajudar as pessoas.

         - Mas afinal de contas quem é você? – questionou Wanessa.

         - Considerem-me um anjo da guarda, respondeu Miguel.

         Wanessa e Dante entreolharam-se sem saber o que pensar.

         - Eu acho que você é louco! – disse Dante.

         - Pode ser... E então?

         - Quer saber, pior do que está não pode ficar, ironizou Dante. -Seja lá quem for, pode fazer sua mágica.

         - Belê! Vamos falar com a sua família primeiro Dante, já que, aparentemente, estão mais suscetíveis a uma conversa.

         Os três então saíram do armazém. Dante, também de moto, foi com Wanessa na garupa com Miguel seguindo-os logo atrás. Alguns metros acima, contudo, um morcego-humano seguiu-os para descobrir qual o destino dos nossos heróis.

         Algumas horas depois, Miguel chegou a uma parte remota da cidade. Ele adentrou no que pareceu ser uma vila com casas de madeira simples. Foi avistado por um dos locais.

         - Quem é você e o que quer? – perguntou grosseiramente um homem de alta estatura.

         - Meu nome é Miguel, respondeu para o que ele pensou ser o vigia; vim falar com o líder de sua matilha.

         - E quem você pensa que é para falar com nosso líder? – retrucou aquele.

         - Vim da parte de Dante, disse Miguel.

         O homem arregalou os olhos e silenciou-se por alguns segundos antes de dar as costas a Miguel e chamar outro sujeito. Este partiu depois que trocaram algumas palavras; e o grandalhão então retornou ao seu posto bem na frente de Miguel com os braços cruzados e a expressão cerrada. Dez minutos depois, o que serviria de guia para Miguel retornou e falou ao vigia sem que este se virasse:

– Ele está autorizado. – e o homem deu apenas um passo para trás sem descruzar os braços ou mesmo mudar sua expressão carrancuda. Miguel aproximou-se do seu guia e com este na frente, a passos largos, seguiu em direção ao vilarejo dos lobos.

         Miguel não mostrou surpresa com a aparência da pequena vila. Algumas pessoas estavam do lado de fora de suas cabanas entre adultos e crianças; nada de anormal até ali.

         - É aqui! – disse seu guia. – Ele o está esperando.

         A cabana não parecia em nada diferente das outras, talvez preferissem assim; no entanto, ela estava praticamente no centro da vila.

         Miguel entrou e viu... nada! Não havia nada dentro da cabana a não ser uma pequena fogueira no meio, um velho sentado bem próximo de longas barbas brancas com algo na boca que lembrava um cachimbo. Com uma das mãos fez um gesto para que Miguel se sentasse.

         - Obrigado, disse Miguel; eu sou...

         - Sei quem você é, interrompeu o velho.

         - Ah, certo... Eu vim aqui para...

         - Sei o que veio fazer aqui.

         Miguel ficou um pouco surpreso por alguns segundos sem saber o que falar, então:

         - Certo, senhor, acho que isso facilita a minha vida também. Vou direto ao assunto: vão ajudar Wanessa e Dante?

         - Quando Dante fez sua escolha, recusou nossa ajuda. Não podemos fazer mais nada.

         - Mas vocês foram contra o namoro deles, o expulsaram, não foi isso?

         - Não havia outra maneira. Estamos à beira da extinção, meu jovem. No mundo todo restam pouco de nós. Muitas caçadas, muitas batalhas. Vivemos escondidos; quase não festejamos mais a Mãe Lua. A consorte de Dante poderia atrair nosso inimigo. O conselho teve que escolher entre proteger um ou muitos. Tomamos nossa decisão; Dante a dele. Ele é um dos nossos filhos que nos deu mais orgulho. Não havia outra alternativa.

         Miguel ouviu tudo aquilo em silêncio e percebeu o quão difícil era a situação em que se meteu.

         Há alguns metros de distância da vila, Dante e Wanessa aguardavam o desfecho da reunião entre o ancião e Miguel, porém, já decepcionados.

         - E então? – perguntou Wanessa.

         - A mesma coisa, respondeu Dante; eles não vão e não querem nos ajudar. Estamos mesmo sozinhos.

         - Sempre me impressiona como você ouve tão bem mesmo na forma humana. O que vamos fazer? Se com os seus não dará em nada, com os meus então...

         - Vamos ao plano bê!

         - E você acha que dará certo?

         - Temos que pelo menos tentar meu amor... A não ser...

         Dante interrompeu-se de súbito e levantou-se olhando para os lados e depois para cima.

         - Você ouviu algo? - Perguntou à jovem.

         - Sim, respondeu Dante; lá em cima!

         Eles viram, abaixo do céu estrelado, uma criatura que se assemelhava a um morcego. Contudo, o que mais lhes perturbou foi que não era apenas uma, mas duas, cinco, dez. E o número parecia aumentar...

         - Dante, por Baco! – gritou desesperada Wanessa.

         - Droga é muito cedo ainda...

         Na cabana no centro da vila, Miguel tentava formular algum argumento que favorecesse o casal, mas antes que pudesse sequer falar, foi interrompido:

         - Senhor, gritou o rapaz que servira de guia para Miguel; eles estão aqui, nos acharam! – e apontou para Miguel. – Foi ele! Ele os trouxe até nosso lar!

         - Eu o quê? – indagou surpreso Miguel. – Do que ele está falando? Eles quem?

         - Eles, respondeu o ancião. – Avisei Dante e avisei você também.

         Então Miguel se deu conta. Ele saiu desenfreado da cabana e viu uma cena de absoluto desespero: homens, mulheres, velhos e crianças todos correndo de um lado para outro tentando se proteger enquanto gigantescos morcegos desciam dos céus como uma bizarra chuva.

         - Cara, o que foi que eu fiz? – indagou-se Miguel quando uma voz grotesca às suas costas lhe chamou a atenção. E ao se virar:

         - É ele, apontou um vampiro de físico massudo; é ele o estranho que nos atacou!

         De repente, Miguel se viu cercado por vários vampiros e por um ou dois segundos, desejou voltar no tempo e não ter consentido com o acordo com Gabriel. “Pra cima dele”, gritou um e o grupo se amontoou em cima de Miguel que sumiu debaixo dos monstros.

         Em outra parte, Dante chegava à vila junto à Wanessa e a recepção de ambos os lados não foi positiva:

         - Por que voltou? – disse um dos habitantes da vila de aparente idade mediana. – Você escolheu viver na desgraça, que fosse para longe, longe das nossas vidas!

         - Pai... – e foi só o que Dante conseguiu dizer até...

         - É ele, é ele! – a voz grotesca do morcego gigante quase não foi ouvida devido aos sons de gritos e casas sendo derrubadas que permeavam ao redor.

         - Saiam daqui! – ordenou Dante. – Eu vou matar todos vocês!

         Dito isto, no entanto, dois vampiros o seguraram por trás e mais dois apareceram à sua frente desferindo socos e chutes.

         - Não, parem agora... – foi a única coisa que Wanessa conseguiu dizer quando tentava socorrer Dante. Ela foi segura, pelo braço, por um vampiro que estranhamente era como uma cópia masculina sua.

         - Acabou, Wanessa, disse ele; papai está esperando.

         - Demétrius, você não entende, disse ela ao seu irmão mais velho; nenhum de vocês entendem e nunca vão entender!

         Ela conseguiu se desvencilhar dele e num salto chegou ao lado de Dante afastando a empurrões os vampiros que o tinham encurralado.

         - Afastem-se dele! – gritou Wanessa. – Afastem-se dele antes que eu... – ela foi interrompida de súbito. A estaca que perfurou seu peito coloriu de vermelho-sangue o semblante sóbrio da jovem predestinada a se tornar a rainha dos mortos vivos. 

         - Não... Wanessa! – gritou Dante desesperado segurando sua amada nos braços sentindo sua vida se esvair aos poucos. – Vejam o que fizeram! Vejam!

         Foi neste momento que Miguel conseguiu se livrar dos vampiros que o atacavam e se lamentou por ter sido tarde demais.

         - Dante, disse Miguel; eu sinto muito...

         O jovem lobisomem apenas fitou Miguel com os olhos cheios de lágrimas e fúria e depois ao redor; como feito um encanto a luta cessou. Uma guerra particular que já durava séculos e que poucos talvez saibam como começou teve um cessar-fogo naquela paisagem bucólica.

         - Então é isso? – falou Miguel. – É isso que querem? Preferem virar as costas aos seus filhos, filhas, irmãos, irmãs e continuar com uma guerra sem sentido? Uma guerra que só vai levar ambos os lados a isto! – e ele apontou para Dante e Wanessa. – Alguém aqui acha que pode haver algum vencedor?

         - Dante, o ancião se aproximou dele; sentimos sua perda, acredite.

         - Agora é tarde, disse Dante enquanto se levantava com Wanessa nos braços. Ele olhou ao redor pela última vez; conseguiu ver seu pai em meio à multidão e saiu desenfreado pela mata.

         Alguns vampiros mostraram intenção em segui-lo, mas Miguel se interpôs diante deles:

         - Ele está levando minha irmã! – disse Demétrius.

         - Não há mais nada que ninguém possa fazer aqui, disse Miguel; mas você pode: diga a seu pai o que ocorreu aqui; diga a ele para parar enquanto é tempo.

         Demétrius nada falou. Ele olhou ao redor e encarou os lobos. Depois, para os vampiros; fez um aceno com a cabeça e num salto todos alcançaram o céu para sumir na noite escura. Os lobos, por sua vez, retornaram aos poucos às suas casas ou o que restava delas. O ancião aproximou-se de Miguel e lhe falou:

         - Ficaremos em dívida pelo que fez hoje.

         - Mas eu não fiz nada. Eu... – com um gesto com a mão o ancião interrompeu Miguel.

         - Diga a Dante que lhe desejo boa sorte.

         Ele deu as costas a Miguel e seguiu em direção a sua cabana. Miguel apenas o observou com uma expressão de admiração e respeito.

         Um dia depois, em uma rodovia ao norte da cidade, Miguel estava sentado em sua moto aparentemente esperando alguém. Ele ouviu o motor de outra moto e já sabia que pertencia a Dante. Ele viu o jovem vindo com alguém na garupa. Quando parou ao seu lado, Miguel lhes disse:

         - Foi arriscado o que vocês fizeram!

         - Bom, mas funcionou, disse Dante.

         - Às custas do meu vestido preferido, rebateu Wanessa, ainda linda e viva, de certa forma.

         - Funcionou por enquanto, disse Miguel. – Acho que o ancião descobriu tudo. E os vampiros não vão demorar também para descobrirem que a estaca que a atingiu não era mesmo de madeira, fora a ajuda que tiveram de dentro.

         - Pode ser, disse Dante; mas até lá estaremos longe!

         - E não se preocupe Miguel, meu irmão sabe se virar.

         - O que mais posso dizer... Boa sorte e boa viagem aos dois. Cuidem-se.

         - Pode deixar, Miguel e obrigado por tudo.

         - Sempre as ordens!

         Eles se despediram e o casal seguiu viagem para seu destino, qualquer que seja ele. Miguel ainda os fitou esperando desaparecerem no horizonte. Depois de ligar sua moto e seguir ele seu destino, teve a nítida impressão que reencontrará os dois novamente. 


Comentários

  1. Se esse não é meu conto mais longo, é um dos mais com certeza. E se você leu até o final e está lendo agora o comentário, deixo meus parabéns - é sério! Esse é um dos casos que gostei mais dos personagens do que da história. Mas espero que tenham se divertido.

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