Sociedade Rima Com Diversidade

Mulher e homem são sujeitos estranhos mesmo. Absolutamente complexos, tem necessidades diversas para cada ambiente em que se encontram. No entanto, ou talvez por isso, tentam a todo momento padronizar essas necessidades e, por tabela, seus comportamentos – ideia advinda, principalmente, com o início da revolução industrial. 


Moda, comida, entretenimento, política, tudo é segmentado, industrializado para atender a determinados setores da nossa chamada sociedade, incluindo nossas relações pessoais. A complexidade do ser humano não iria suportar por tanto tempo essas amarras que, na verdade, nós mesmos nos impomos.

Sociedade nada mais é do que uma reunião de indivíduos regidos por um conjunto de leis e com um objetivo em comum. Isso não significa que devemos gostar das mesmas coisas, vestir as mesmas coisas, ouvir as mesmas coisas, assistir as mesmas coisas que o vizinho, o cara que ficou famoso da noite pro dia ou alguma autoridade religiosa ou política. Se bem que esses quesitos são bastante diversos; podemos consumir e gostar de diversas coisas diferentes e até criar outras. Ora, então por que algo tão importante para nós como o relacionamento – seja amoroso ou não – ainda tem um certo padrão que deve ser aceito ou seguido pela dita sociedade.

Somos ensinados desde pequeno que meninos devem ficar com meninas e vice-versa. Talvez devêssemos ter aprendido e ensinado que pessoas podem ficar com pessoas e ponto. O amor, como um sentimento, não se limita ao âmbito do gênero masculino e feminino; e isso desde... bom, desde sempre. O relacionamento único homem e mulher atende apenas a alguns setores dominantes que na verdade teme aquilo que não entende – talvez nem queira – e que pode diluir uma parcela do seu poder. E tudo aquilo que tememos, odiamos; e daí o preconceito.

Sociedade rima com diversidade que não deve se limitar apenas ao que vestimos, ouvimos e assistimos, como também e por que não, nos relacionamentos interpessoais. Desde que não fira o direito de ir e vir de outros e não prejudique física e mental nós mesmos, dentro da nossa complexidade, é perfeitamente cabível uma pessoa gostar de outra independente do sexo. Diversidade é viver com liberdade. 

Comentários

  1. Esse texto foi escrito a partir do tema Diversidade Sexual da Trip 204. Foi apenas mais um apoio moral.

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