A Maldição do Morcego

Quando criança, Bruce Wayne viu - diante de seus olhos - seus pais serem assassinados friamente; e ele jurou sobre seus túmulos que isso não se repetiria com mais ninguém.
Adulto, sob o manto de uma criatura sombria, ele vaga pelas ruas de Gotham City aterrorizando os corações de mentes criminosas e insanas.

Ele é conhecido como... Batman!

arte por Alex Ross


          Alfred Pennyworth*, mordomo da família Wayne: “Eu acabei sendo, na época e até agora, o mais próximo que se pode dizer de um membro da família. Quando cheguei ao local do crime com dúzias de viaturas da polícia e de ambulância – afinal, era o renomado médico Thomas Wayne e sua esposa Marta Wayne que foram as vítimas – foi onde eu o vi sentado no banco de trás de uma delas. Estava enrolado em um cobertor, os olhos fixos para o nada e calado, absolutamente. Ao contrário de algumas horas atrás quando o pequeno patrão Bruce não parava de correr pelas salas da mansão subindo em cadeiras e sofás, trepando nas cortinas para o desespero da sua mãe e a alegria do pai vendo seu primogênito imitando seu herói de infância – o mascarado Zorro. Era apenas uma família saindo para um passeio no cinema como qualquer outra. Eles não mereciam isto. E agora aqui está: uma criança que mal sabia como era o mundo do lado de fora do seu castelo foi privado da orientação, carinho e companheirismo que seus pais podiam lhe dar; privado de possíveis sonhos que nem mesmo ele houvera ainda de sonhar. Eu olhei para ele e não vi mais nenhum sinal daquela criança lépida e alegre com uma inteligência acima da média para sua idade. Não! Tudo o que o patrão Bruce poderia ser se os pais estivessem vivos morreu ali naquela viela imunda e escura. A polícia havia se enganado com o número de vítimas. Não foram duas, mas três mortes ocorridas naquela noite.”  

         Dra. Leslie Thompkins*, médica e assistente social: “Achei que estava acostumada com tudo nesta vida. Como médica já há uns quinze anos, tratei de diversos pacientes em várias situações; nas horas vagas trabalhando voluntariamente na casa de órfãos e desabrigados de Gotham, cuidei de diversas crianças e adolescentes sejam eles drogados, abandonados ou violentados. Porém, nunca pensei que um dia veria o chamado príncipe de Gotham entrar por aquela porta enferrujada e carcomida do abrigo. Era assim que chamavam Bruce. O príncipe perdera os pais num latrocínio, simples assim. No começo, fiquei receosa com o que aconteceria com um membro da alta sociedade de Gotham ali. Disseram que a guarda dele passaria para o mordomo, mas os tramites legais precisavam correr e era o correto que qualquer órfão passasse ali primeiro antes de qualquer coisa. De certa forma foi até bom porque, com a imprensa cobrindo o caso, o abrigo ganhou evidência e a prefeitura teve que reconhecer que precisava tomar providências para as melhorias das condições do abrigo. No entanto, senti-me culpada por, de certa forma, usar o pequeno Bruce depois de tudo que ele passou. Mais tarde a psicóloga conversou com ele e achou que, apesar de tudo, ele estava bem. Não acreditei e, por isso, eu mesma quis conversar com ele. Ele tinha apenas nove anos na época, mas foi como conversar com um adulto. Suas respostas eram frias de tão monólogas e seu rosto praticamente não tinha uma expressão. De repente, diante daquele garoto traumatizado, senti uma sombra gélida cobrir não só meu corpo, como também, minha alma! Chame do que quiser – intuição, sexto sentido – mas, daquele dia em diante, eu sabia que o príncipe de Gotham fora amaldiçoado de alguma forma e quem se aproximasse também estaria. Que Deus tenha piedade de todos nós!”

         Lucius Fox*, Vice-Presidente da Wayne Enterprises: “Conheci Thomas Wayne quando eu ainda era um simples assistente no setor de desenvolvimento tecnológico das empresas Wayne e fiquei, como todos, transtornado quando soube do duplo homicídio. Era um bom homem o sr. Wayne. Como médico, tinha uma visão singular do mundo corporativo. O mais estranho, porém, é que enquanto todos se perguntavam o que seria das empresas, a única pergunta que passava pela minha cabeça era o que seria do jovem Bruce Wayne? Ele tinha apenas nove anos e perder os pais assim de forma tão brutal – ele tendo visto tudo – me perguntava o que seria de sua cabeça. Anos depois, já um homem de vinte e poucos anos, quando veio me procurar com  um curiosidade insaciável a respeito de aparelhos tecnológicos desenvolvidos pela empresa, mal sabia eu no que ele estava tramando. E quando soube disse para mim mesmo – graças a Deus! Podia ser errado, mas não pude deixar de pensar de outra maneira. A cidade parecia uma terra de ninguém, os crimes só aumentavam, e a corrupção em vários setores como na Prefeitura, polícia e até aqui na empresa estava endêmica. Então, quando surgiu alguém – e alguém como Bruce Wayne – que estava disposto a limpar Gotham City me veio um velho ditado a mente: ‘há males que vem para o bem’. Sempre vou lamentar o que ocorreu com o sr. Wayne e sua esposa, mas talvez se não tivessem morrido ou, pelo menos, daquela forma, talvez Bruce não se tornasse quem é hoje e Gotham afundaria mais e mais na própria sujeira. Dizem alguns que Bruce é amaldiçoado pelo que se seguiu da sua vida, contudo, eu vejo mais como uma benção e encontro razão em outro ditado que sempre digo: ‘o Senhor escreve certo por linhas tortas’.”

         James Gordon*, comissário de polícia de Gotham City: “Havia chegado a Gotham pouco mais de dois anos quando surgiram os primeiros relatos do tal ‘Bat-man’. Chegaram a pensar que eu era o vigilante mascarado, já que, ele começou a agir não muito tempo depois de eu chegar à cidade. Suspeitas infundadas assim que perceberam que quando ele agia num local, eu estava em outro. E ele caçava criminosos com uma ferocidade de um predador atrás da presa. Veja, na época eu não concordava com aquilo, não podia! Ele pegava tudo aquilo que eu havia aprendido sobre a lei e a ordem e subvertia a sua própria visão psicótica. Para muitos na força e para mim ele só era mais um vigilante com  uma visão deturpada de justiça. Então comecei a perceber um detalhe que passava despercebido pela maioria: ao contrário dos criminosos que caçava e de nós mesmos policiais, ele não matava! Então começaram a aparecer psicopatas piores do que ele mesmo poderia ser... E quando ninguém mais conseguia detê-los, ele conseguia. E quando começaram a aparecer ou se revelar criminosos dentro da própria força, e como várias pessoas estavam com o rabo muito preso ou com as mãos atadas – no meu caso – para fazer algo a respeito, ele podia e fazia. Então comecei a ver nele um aliado e vice-versa. Ele precisava de alguém de confiança dentro do departamento para saber onde, como e contra quem agir. Ele estava fora do sistema e, por isso, podia fazer coisas que alguém normal não conseguiria ou não teria coragem suficiente para fazê-lo. Com isso, me dei conta de que para salvar Gotham dela mesma, uma cidade mergulhada nas trevas, só mesmo alguém usando as próprias trevas salvará a todos nós. Sinto-me um sortudo por ter este cavaleiro das trevas como aliado.”

         Richard “Dick” Grayson*, ex-trapezista: “Para mim é diferente, sempre foi. Não sou como Bruce: solitário, depressivo, quase psicótico. Eu venho de um mundo bem diferente do dele. Ele vem de um ambiente de glamour, aristocrático, entretanto, gótico de certa forma. Mas o meu mundo era todo colorido, alegre e simples. Convivia com gente de várias partes do planeta fora os animais. Então, imagine como deve ser para uma criança de uns doze anos de idade ser tirada bruscamente da felicidade e liberdade que é viver num circo e ser jogada num universo monocromático de trevas e gélido como sombras. Isso depois de ver seus pais – seus únicos parentes de sangue – morrerem na sua frente. Poderia traumatizar qualquer um. Aconteceu com Bruce. Poderia acontecer comigo, mas não aconteceu. Eu vivia me perguntando o porquê e nunca vinha uma resposta convincente. Seria porque tive o Alfred? Não, Bruce também o teve e isso não o mudou. Eu estava com praticamente a mesma idade dele quando perdi meus pais e foi por isso que Bruce me acolheu – ele se identificou comigo. Então por quê? Foi por exatamente virmos de mundos diferentes. Foi uma barra pesadíssima ver meus pais morrerem, porém, já tinha visto outros trapezistas e integrantes do circo se acidentarem – mesmo que meus pais não terem exatamente morrido por acidente – e o que acontecia depois é que nos uníamos e tocávamos pra frente, porque afinal, o espetáculo sempre deve continuar. Mas o Bruce... Ele já vivia num mundo de trevas e só não sabia disso porque seus pais o protegiam. Então, quando aconteceu o que aconteceu, essas trevas que o rodeavam, tragaram-no e o transformaram no que é hoje. Mas eu admiro o Bruce. Qualquer um poderia ser destruído por algo assim, mas não ele! Bruce se mantém obstinado, obcecado mesmo. Dessa forma, ele usa as trevas e não o contrário. Quanto a mim, bom, minha alma já ficou aliviada quando os assassinos de meus pais foram encontrados e presos. Poderia ter parado, mas não parei. E por quê? Cara, pra mim não importa o palco ou picadeiro o show deve e se depender de mim vai continuar sempre.”

         Vicky Vale*, fotojornalista: “Conheci Bruce quando vim a Gotham respondendo a uma oferta de trabalho do principal jornal da cidade. Sou fotógrafa com trabalhos expostos em todo lugar; poderia trabalhar em qualquer lugar – Nova York, Paris, Londres, Metrópolis - mas escolhi Gotham City. Por alguma razão essa cidade me atraiu; tinha uma atmosfera única. Ficava fascinada quando acordava de manhã e via como os raios de Sol lutavam para penetrar por entre estes edifícios altos e cinzentos. Era a eterna batalha entre a luz e as trevas – uma perfeita foto em preto e branco. Talvez tenha sido isto que me chamou a atenção ou foi o destino porque, foi tirando uma foto dele, que me apaixonei. Vi-o pela primeira vez numa de suas grandes festas na sua mansão e fiquei curiosa mesmo em saber como um homem tão rico e bonito continuava solteiro. Nem conto o que pensei e o que os outros pensaram, mas ele me intrigou e, com ajuda de um amigo do jornal, comecei a investigá-lo. Comecei a segui-lo por toda parte pesquisando sobre sua vida, tirando fotos e, foi numa dessas vezes que cai de amores por ele. Descobri o que o deixou tão solitário: seus pais haviam sido assassinados quando ele era criança apenas – ele deixava duas rosas no mesmo local de suas mortes. Porém, só descobri tudo isso depois de dormir com ele – essa sou eu – e ele não me dar à mínima depois. Contudo, não parei de investigá-lo. E enquanto a cidade mergulhava numa loucura com a aparição de dois malucos – um que parecia um palhaço e outro que se vestia de morcego – me vi no meio dessa batalha entre o Batman e o Coringa, como foram chamados. Bruce por ironia do destino – o que eu achei que fosse – também se envolveu e, num desses acidentes, comecei a ligar os pontos. Fui procurá-lo e qual a minha surpresa quando descobri que o tal cavaleiro das trevas e o famigerado playboy de Gotham eram a mesma pessoa. Aí eu entendi tudo: seu olhar de garoto perdido, seu desaparecimento misterioso durante a adolescência, sua vida misógina. Ele não queria ninguém perto dele já que escolheu trilhar este caminho. Com exceção de Alfred e de poucos que fiquei sabendo depois, ele não queria mais ninguém perto dele. Não queria que mais ninguém seguisse sua maldição. Mas eu estava disposta e disse a ele. Mas ele, no alto da sua cavaleirisse, recusou. Passei por umas boas em Gotham e vi que ele tinha razão. Resolvi ir embora. Não aguentaria viver perto dele e longe ao mesmo tempo. Mas nunca vou esquecê-lo e espero que ele nunca me esqueça também. Quem sabe não nos encontramos em outro lugar, numa outra realidade.”

Rachel Dawes*, assistente da promotoria: “Conheço Bruce desde que ele nasceu. Minha mãe trabalhava para os Waynes, mas praticamente éramos criados juntos, brincávamos juntos e estudávamos juntos. E acho que como qualquer garotinha boba, fantasiava que iríamos nos casar e acho que ele compartilhava desse sonho. Afinal, vivíamos sempre juntos, ele me conhecia e eu também o conhecia. Pelo menos pensava que sim. Então aconteceu. Foi minha mãe que me contou que os pais de Bruce estavam mortos, assassinados por um qualquer. Pelo que me lembro, fiquei arrasada. Eu chamava o sr. e a sra. Wayne de tios; para mim foi como perder dois membros da minha família, para Bruce... pobre Bruce... Perder seus pais dessa maneira e sendo filho único mal podia imaginar como estava se sentindo. E acho... Não, tenho certeza que isso o mudou. Aquele Bruce com que cresci morreu junto com seus pais e surgiu um outro Bruce, introspectivo, sisudo, frio. Nos afastamos, naturalmente, e nos encontramos anos mais tarde quando do julgamento do assassino dos seus pais. Ele estava... não sei que palavras exatamente usar, mas como já disse Bruce ficou diferente. Ele queria vingança e se eu não o impedisse ele teria feito. Não o vi mais depois deste incidente. Ele desapareceu. Alguns diziam até que estava morto, mas eu sabia que não. Acho que eu ainda fantasiava com aquele casamento de conto de fadas. Durou pouco na verdade quando soube que ele tinha retornado a Gotham – não esperava realmente por este Bruce. Parecia um desses yuppies arrogantes e frívolos, gastando sua fortuna como água, acompanhado em cada ocasião com uma ou duas mulheres diferentes. Achei que ele tinha ficado daquele jeito como uma espécie de fuga da perda dos pais e tudo mais. Então me afastei dele; estava muito ocupada com o caso Falcone e a corrupção dentro do departamento. Minha vida até esteve ameaçada pelas paus mandados de Falcone e foi aí que ele surgiu, o Batman. Ele impediu que me matassem e começou a combater a criminalidade de Gotham junto a um dos poucos policiais honestos da cidade, Jim Gordon. Todos viam o Batman como mais uma ameaça à cidade. Mas eu, estranhamente, não sentia medo dele. Era como se ele já me conhecesse e de alguma forma sentia o mesmo. E quando se deu aquela confusão com a fuga dos internos do Arkham, descobri por que: Bruce era o Batman ou Batman era o Bruce. Aquele playboy mimado e egoísta era apenas uma máscara para não descobrirem seu verdadeiro eu. Fiquei pensando nisso e parece que em algum momento todos usamos máscaras para nos defendermos desse mundo cada vez mais louco. Será que precisarei algum dia de uma máscara? Será que já usei uma?”

         Tim Drake*, estudante: “Pode parecer estranho, mas nunca me considerei um prodígio ou um gênio que seja. Só que não sou também nenhum idiota. Sou sim esforçado, teimoso mesmo e curioso. Muito curioso. Não desisto de algo fácil e acho que foi desta maneira que descobri sobre Bruce. Apesar de muitos não acreditarem que descobri a identidade secreta do Batman sozinho – muitos do meu ramo, diga-se. E insisti porque sabia que estava certo. Isso me deu força para seguir no rumo que eu queria: ser um detetive tão bom ou melhor do que o Bruce. Não foi fácil muito pelo contrário. Convencer o Batman de que ele precisava de um parceiro depois do que houve com Jason Todd, talvez nem um homem de aço aceitasse. Não posso deixar de dizer que tive ajuda e que, sem ela, não teria a menor chance: Alfred e Dick. O Alfred é como aquele avô que sabe a hora certa de brincar e dar bronca; e o Dick... Cara, o Dick é como o irmão mais velho, o que para mim é muito legal, já que, sou filho único. Eles, assim como eu, viram que o Bruce estava se afundando na sua cruzada solitária contra o crime e que alguém do lado dele não o deixaria esquecer do seu lado humano. Porém, como disse, não foi fácil. Ele não queria que mais ninguém corresse riscos ao seu lado -  o que eu entendo perfeitamente. Dizia ele que – ‘Não quero que minha maldição vitime outra pessoa querida!’. Acho que foi por isso que insisti em ficar com ele. Via, de alguma forma, que ele sofria – com razão – com tudo isso e a melhor forma que encontrei de ajudá-lo era sendo um parceiro para ele. Acho que é isso que heróis fazem, não é? Então, com a ajuda de meu ‘avô’ e do meu ‘mano velho’, conseguimos convencê-lo; e depois de um árduo treinamento – nem gosto de me lembrar dos detalhes – aqui estou, o parceiro oficial do cavaleiro das trevas! Contudo, devo reconhecer que Bruce não é nenhum bobo. Ele sabe que, com essa vida que levamos, assim como Jason, tudo pode acontecer com a gente, inclusive com ele. Ele sabia que, mais cedo ou tarde, precisaria de alguém que seguisse seus passos e não duvido nada, conhecendo-o como conheço, ele mesmo não planejou tudo! Não vejo o manto do morcego como uma maldição que tantos dizem; acho sim que é um legado que, eventualmente, ele poderá chegar. Eu sei, é claro, que Dick está na frente e, até onde sei, Bruce não tem filhos. Então, eu serei o próximo da lista, porque, enquanto o mundo precisar de um Batman, o Batman precisará de um Robin!”

         Bruce Wayne*, empresário e filantropo: “Não pedi para trilhar este caminho. Ora, quem pediria para os pais serem assassinados na sua frente, na impotência da infância, para mais tarde sair perseguindo os piores criminosos, psicopatas e monstros; correndo o risco de ser morto por uma bala perdida na cabeça ou ter a coluna quebrada. Não sei se gosto de pensar que fui escolhido de alguma forma para fazer o que faço – já ouvi de Lucius algo assim. Não pedi e nem fui escolhido. Porém, ver meus pais serem mortos daquele jeito e com os recursos que eu disponho e o nível de conhecimento e treinamento necessários para tal trabalho que eu teria e tenho, ficar sentado dentro do meu castelo vendo a minha cidade se afundar a cada dia num mar de trevas seria um dos piores crimes que alguém poderia cometer. Nunca conseguiria ficar impassível diante de tanta desgraça. Jurei aos meus pais que faria algo e fiz. Não é uma cruzada cega em busca de vingança ou algum tipo de reparação como já disse Leslie e mesmo Alfred. Eu busco justiça! Meus pais já morreram sim e seu assassino já foi julgado e punido, mas como ficariam os outros pais mortos e seus órfãos que não conseguissem achar justiça pelos meios legais. Órfãos como Dick, Jason e até mesmo Tim. Minha cruzada ‘solitária’ é por todos esses que pedem justiça e não tem ninguém mais a quem recorrer. Não há nada de cego ou sem sentido no que eu faço. Treinei e me preparei muito antes de entrar nesta guerra. Uma guerra que realmente gostaria de travar sozinho. Sabia que não seria fácil e não queria ninguém por perto que pudesse se machucar. Mas, por mais que odeie admitir, numa guerra tão longa quanto essa, você, eventualmente, precisa de aliados. De Alfred nem preciso falar, ele ficou comigo como uma obrigação que se tornou afeição – é o mais próximo que eu terei de um pai - mas os outros... Os garotos até entendo o porque os abriguei, no entanto, prefiro pensar que deixei a escolha a seus critérios. Enquanto Bárbara, Helena, Jim e até Selina é como se cada um tivesse sua própria cruzada para trilhar e por algum motivo, num dado momento, nossos caminhos cruzaram-se e tornaram-se um. Houve é claro muitos problemas, bem mais do que eu gosto de admitir: desavenças com a direção certa a seguir, os métodos, as baixas que toda guerra traz, separações, reuniões... Às vezes, eu penso se seria tudo muito diferente se tivesse ouvido Alfred e deixado de lado a minha busca incessante por justiça. O que aconteceria se o Batman não existisse? Então, eu vejo o sinal no céu e me vem à mente a imagem de lágrimas e sangue sendo derramados. Não tenho tempo para pensar. Eu sou o Batman! Se essa deve ser minha maldição, que seja!”

*depoimentos extraídos dos respectivos diários pessoais

Baseado nos personagens da AOL TIME WARNER/DC COMICS


BATMAN é uma criação de Bob Kane 

Comentários

  1. Foi divertido. Deu trabalho, mas foi divertido. Espero que os fãs, não só do Homem-Morcego, mas também deste gênero em especial também se divirtam.

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